Colo do Útero

Colo do Útero

Atualizado em 01/09/2024

Fatos sobre a doença

A maioria (95%) de casos de câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causada pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos, ou de alto risco). Há dois tipos principais de câncer de colo do útero: os carcinomas de células escamosas, que representam entre 80% e 90% dos casos, e os adenocarcinomas, de 10% a 20% do total. Atualmente, o câncer do colo do útero é considerado passível de erradicação, por meio da vacinação contra os tipos de HPV oncogênicos e do rastreamento feito pelo citologia (como papanicolaou) ou teste de DNA-HPV e tratamento das lesões pré-cancerosas.

Mundialmente, em 2020, ocorreram cerca de 604 mil casos novos, representando 6,5% de todos os tipos de câncer em mulheres. Já para o Brasil, o número estimado de casos novos é de 17.010 casos, para cada ano do triênio de 2023 a 2025. O câncer do colo do útero ocupa a sexta posição entre os tipos mais frequentes de câncer. No Brasil, em 2020, ocorreram 6.627 óbitos, e a taxa de mortalidade bruta por câncer do colo do útero foi de 6,12 mortes a cada 100 mil mulheres.

A infecção persistente de HPV oncogênicos é o principal fator de risco para esse tipo de câncer. A maioria das vezes, o sistema imunológico se livra naturalmente da infecção de HPV, no entanto, 10% das infecções não desaparecem e podem se tornar infecções persistentes que podem causar câncer colo de útero depois de 10-20 anos. Outros fatores que aumentam o risco para este câncer incluem tabagismo e imunossupressão.

Para saber mais, acesse o Portal Oncoguia.

4° mais frequente em mulheres no mundo

PERFIL DO PACIENTE

Características
56.0%
dos pacientes iniciaram seus tratamentos acima
50anos
Ver gráfico completo
Pacientes Ativos Atualmente existem 8315 pacientes que realizaram quimioterapia ou radioterapia nos últimos 3 meses Ver gráfico completo

TRATAMENTO

64.6% iniciaram o tratamento acima de 60 dias nos últimos 3 anos
Lei dos 60 dias

A Lei nº 12.732/12 (em vigor desde 23/05/2013) estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico no sus deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do laudo patológico ou em prazo menor conforme necessidade terapêutica do caso registrada no prontuário do paciente.

Ver gráfico completo
63.3% iniciaram o tratamento em estadiamento avançado nos últimos 3 anos
Estadiamento

O estadiamento é a forma para determinar a localização e a extensão da doença no organismo de um paciente no momento do diagnóstico. É necessário conhecer o estágio do câncer para poder definir as melhores opções de tratamento, além de ser um importante fator para avaliar os resultados do tratamento. Aqui, separamos os casos entre estágios iniciais (1 e 2) e estágios avançados (3 e 4).

Ver gráfico completo
Qual o primeiro tratamento realizado? 37.1% dos pacientes realizaram como primeiro tratamento a 5 Ver gráfico completo
Qual a necessidade de deslocamento para tratamento?
64.1% pacientes precisaram se deslocar além do seu município de residência
4.5% precisaram se deslocar para outros Estados
Quanto custa para o Ministério da Saúde? 89.95milhões foram reembolsados para gestores e estabelecimentos em média por ano para tratamento de quimioterapia e radioterapia Ver gráfico completo

DIAGNÓSTICO

Em 2024 foram realizados 30734 de biópsias na população brasileira Ver gráfico completo
69.8% dos exames foram para rastreamento
Exame Citopatológico - Papanicolau

O exame citopatológico é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. É a principal estratégia para detectar lesões precocemente. A técnica de coleta adequada e no momento e condições oportunas garante um espécime de melhor qualidade e fornece resultados mais confiáveis.

Ver gráfico completo